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domingo, março 29, 2009

O outro Papa

O PAPA JOÃO PAULO II
O Papa João Paulo II também visitou Angola, em Junho de 1992.
Há já alguns anos que a igreja católica não me diz nada, ou praticamente nada. No entanto, para mim, este papa tem um significado muito especial, por ter sido um Homem de paz, poderemos até dizer um dos mais notáveis mensageiros da Paz, e porque esteve bem perto, mão na mão, com o meu irmão José João.
Em 1992 o JJ foi o piloto da TAAG, escolhido para acompanhar Sua Santidade o Papa João Paulo II, quando da sua visita a Angola, em Junho desse ano. Ainda que baptizado, o comandante Ribeiro não praticava a religião católica nem qualquer outra. No entanto, a simpatia pelo Papa João Paulo II foi imediata. Durante cerca de quatro ou cinco dias, foi com alegria que acompanhou Sua Santidade às várias províncias de Angola, tendo comentado com os pais, numa das suas várias vindas cá “Este Papa é diferente! É digno de admiração... nunca mostrou cansaço... É impressionante! Quando fomos ao Huambo, contactou directamente com as pessoas, procurando estar sempre perto delas... Fantástico!”
Todos os dias, depois da viagem a cada uma das províncias visitadas, regressavam para dormir em Luanda. De manhã, logo cedo, o Papa já se encontrava à espera do piloto, que o acompanhou sempre e que nos confessou o enorme prazer em o conhecer pessoalmente e com ele ter trocado uma palavras. O Papa João Paulo II fez questão de se fazer fotografar com o piloto, um privilégio do JJ.

Alguns dias depois da visita, sem o JJ esperar, recebeu, directamente do Vaticano, vários presentes, incluindo bonitos terços que logo distribuiu. A verdade é que não reservou nenhum para a mãe que, quando soube, lamentou o esquecimento. O filho só lhe disse “Mas a mãe queria mesmo um?! Que pena, deixe lá, tenho uma coisa que a mãe vai gostar mais!” E ofereceu-lhe, então, as duas fotos que o fotógrafo, que fazia parte da comitiva, lhe tirara e que lhe foram também enviadas.

Palavras do Papa João Paulo II, em Angola, Junho de 1992:

Que tenha definitivamente terminado para ti, querida Angola, o tempo do teu desamparo! Queridos angolanos! Congratulo-me convosco pela estrada que corajosamente iniciastes. Refiro-me a consolidação de Angola como um Estado de direito, assente nos valores e nos princípios da vida, da justiça social e do respeito mútuo.

2 comentários:

maria eduarda disse...

Sol,
Que maravilha!
Já me tinhas contado este episódio, digno de um registo destes.
Que memória brilhante, a tua!
Parabéns, minha querida!

dinamene disse...

Ainda há pouco tempo a avó me falou dos terços, comentando que o tio os distribuiu logo, assim que chegaram às suas mãos, penso até que em Angola ;-)

A cara de espanto e gozo do tio, na foto, a apertar a mão ao Papa reflectem bem o seu espírito bem humorado.