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terça-feira, março 22, 2011

Da poesia esquecida


Esqueci-me de assinalar o dia 21, como o dia da poesia, de tão embrenhada que estava a sonhar sem rimas, e a divagar ao sabor do contorno das letras, que do papel sibilaram a favor do vento, e eu parti com elas.

maria eduarda

segunda-feira, maio 03, 2010

Um país de contos de fadas

Isto é um país de contos de fadas. Nunca imaginei tanta beleza junta. A paisagem é deslumbrante. Os jardins, os campos de relva e flores, muitas flores, às molhadas. Vejam só! Árvores enormes que dão flores enormes. Nem se lhes vêem, a partir de agora, as folhas. Só flores, azuis, rosas, vermelhas, amarelas, matizadas e brancas. As árvores estão vestidas de noiva. Lindas! Esta tarde não me apetecia sair, tinha frio. Eles, cá, andam de t-shirt e calções e eu de camisola e casaco. Convenceram-me a sair, para ver as belezas. Poderíamos ficar no carro. Rios e lagos, jardins, barcos e castelos, aos “montes”. Gente a passear à vontade. Está sol, mas eu tenho frio, sinto-o nos ossos. Não resisti e houve um momento em que tive de enfrentar a temperatura para melhor abranger a paisagem. Só beleza!”

“No regresso, aqui perto de casa, um jardim, ou seja, um parque de nome Vitória. O chão é pintado e os canteiros, repletos de florinhas. As árvores, percebe-se pelas raízes, devem ser centenárias, mas dão flores aos cachos, como árvores de fruto. Trouxemos um raminho cor-de-rosa.”

“Ontem fomos comprar terra para as plantas do quintal. Acorda-se um dia com as plantas secas, no outro estão em botão e ao terceiro dia em flor. É a renovação da natureza!”

“Este país parece de contos de fadas. Palácios, igrejas e a Natureza, q se manifesta até nas pessoas boas e «enormes»”.

“O tempo está bom. O ventinho é que é frio. Os naturais andam d t-shirt e chinelinhas de enfiar o dedo. Com a manta de gordura q têm, n sentem frio.”

(Abril 2010-excertos de cartas da minha mãe, em Cardiff, há quase dois meses)

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Emoção

olhares.com
Emocionar-me é sentir-me sufocada por sentimento tão forte, que por ser imenso, sai do meu corpo em forma de lágrimas.O facto das gotas de água deixarem de ser visíveis, não é sinónimo de abandono desse sentimento, mas sim porque recolheram, e se transformaram em dor silenciosa.


maria eduarda

quarta-feira, outubro 21, 2009

Nebuloso Medo

Encontrava-me num daqueles momentos, raros na vida, em que chegamos ao fim de um caminho e poucas opções temos mais que seguir em frente, mesmo que de olhos semi-cerrados.
A passos do cartaz que dizia “dia 15, atira-te de cabeça”, lembro-me da angústia que sentia, da vontade de andar para trás, de fugir na direcção contrária. Olhava timidamente para os lados e não via nada mais a não ser neblina e, em frente, apenas nevoeiro. Nas minhas costas estava uma vida, de alguns sobressaltos e quase sempre feliz, ainda incompleta…
O Medo pode turvar-nos a visão, poderá por vezes assombrar-nos, fazer-nos sombra nebulosa.
Mais perto do mergulho no desconhecido (porque nem todas as mudanças na vida são escolhas planeadas ou pensadas, há escolhas que são urgências, mudanças que se impõem), comecei a vislumbrar finos raios luminosos, indicando-me subtilmente que do lado de lá não estava o fim temido, apenas luz, luz branca e colorida, como na vida.
Fui… Aceitei… mergulhei no, já menos denso, nevoeiro!
Ri-me, sentindo a certeza do meu pulsar… Neste caminho novo que percorro, sinto a vida num trilho largo, longo, até lá onde a vista não alcança…

Para trás do cartaz, medo e sombra, nadas que agora são passado.


Dinamene

quinta-feira, junho 04, 2009

(Des) encontro

My Love II
Willem Haenraets

E tem sido assim, ele e ela. Marcam o encontro, e dirigem-se ao abraço perdido no tempo. À hora esperada, vêem-se e sorriem, felizes, só eles. À volta, nada existe, o mundo é habitado naquele momento por duas pessoas, ele e ela.
Dão-se as mãos, trocam-se beijos, ternuras. Acontece o diálogo. A separação foi longa, de anos, muitos, há sempre algo a relembrar, a ser dito, porque desconhecido, dele e dela.
Prosseguem o caminho, o chão não existe, por ele voam e não aterram, tão cedo.
Envolvem-se em ternuras, entregam-se e vivem momentos felizes, só deles. Conversam sobre as pessoas que são agora, muito iguais ao que eram, sobre os sentimentos, o passado, e intensificam o presente, o agora.

Continuam a sorrir, e a gostar de estar assim...

Tudo é fugaz, e os momentos de felicidade ainda o são mais.O Mundo parou, só o relógio teima em lembrar o tamanho do limite.
Descem a rua, juntos, unidos, cada vez mais. Nos anos que passaram, apurou-se a paixão, e acontece a loucura, que não pode ser adiada.
E separam-se, sorrindo por fora, lamentando por dentro.
Sucedem-se os dias, e aguardam a ternura, a entrega, numa próxima vez. Quem sabe quantas vezes?
Continuam assim, à espera que algo aconteça, que eles aconteçam, e que a história faça ainda mais sentido.

E fará, um dia!
Quando nada se puser em causa, quando tudo estiver resolvido, quando se libertarem, quando não houver culpas, quando...
Para se ser feliz, não pode haver culpas. Estas pertencem àqueles que se acomodam, aos que adiam o prazer, aos que não se lançam na paixão, aos que simplesmente sobrevivem...
Uma história de encontro, desencontro e reencontro. Pessoas que se querem no reencontro, reencontrar-se em definitivo, e aí permanecer.
Sempre há histórias assim!

maria eduarda

segunda-feira, abril 13, 2009

O Guilherme escreveu


quarta-feira, março 11, 2009

Morro Maluco

Morro Maluco, sim, é o nome dessa montanha! A que se vê lá ao longe!!!
Entre Sá da Bandeira e Moçâmedes, cidades separadas por mais de 200Km, o Morro Maluco via-se em todo o percurso, quando deixávamos o litoral a caminho do planalto da Huíla - Angola e vice-versa.
Essa foto traz-me gratas recordações. Tantas!!! Das muitas viagens de carro entre uma cidade e outra.
Maluco, porque era visto entre cada curva do caminho. Estava em todo o lado!!! Nós, as crianças de então, achávamos engraçado e estávamos atentos ao longo de cada viagem, para o ver ora do lado esquerdo, ora do lado direito, ora à nossa frente.
Quem não conhece o Morro Maluco, se por aquelas terras andou?!
Mas, de todas as lembranças, a mais emocionante é a minha viagem numa avioneta, monomotor de dois lugares.
Naquele dia de 1971, tinha uma oral de francês em Sá da Bandeira, logo de manhã, e queria ir nesse dia para casa - Moçâmedes.
Na véspera, o JJ, com dezassete anos (eu tinha dezanove), telefonou-me. Iria a Sá da Bandeira num avião do Aero Clube para fazer horas de voo. Se eu quisesse, depois do exame, dar-me-ia boleia para casa. Hesitei. “E a Nélinha?!” (minha amiga e colega, companheira inseparável). Diz ele “O avião só tem dois lugares”.
Decidi que regressaria a casa com o meu irmão, seria uma nova experiência, já que nunca tinha surgido antes tal oportunidade. A Nélinha entusiasmou-me, ela iria de automotora ou de comboio.
Assim foi!
Estava contente, ainda por cima depois de termos almoçado um bife com todos na “Roda”, acompanhado de sangria “inofensiva”.
Levantámos voo depois do almoço e, não posso negar, ia apreensiva, perante o à vontade do JJ, que, muito “profissional”, me dizia o que fazer.
Habituada a aviões mais espaçosos, senti que ali estava apertada e ia assustadíssima, pois olhava para os lados, para a frente e para trás e tudo era precipício.
Silêncio! O Zé concentrado e eu começava a relaxar, observando tanta beleza! Mas, ao longe, vi o “famoso” Morro Maluco e não pude deixar de questionar “Vais conseguir passar no meio dos montes?! Como é que fazes?!”
Ele, depois de umas boas gargalhadas “Vou tentar passar entre eles, mas se não conseguir voo mais alto!” E continuava com as gargalhadas (inconfundíveis, as dele). Ria, ria e eu assustadíssima de novo.
Acalmou-me “Entre aqueles montes que vês, estão muitos metros a separá-los!”. E ria!!!
E passámos por entre os montes! Cheguei a Moçâmedes com o coração "nas mãos", orgulhosa por ter voado com aquele garoto, o meu irmão caçula, que tendo o brevet, ainda nem a carta de condução tinha.
Anos mais tarde, há relativamente pouco tempo, comentava o JJ com a nossa mãe, ainda sobre essa nossa aventura “A Solange foi muito corajosa. Sabendo o que sei hoje, quem não voaria naquelas condições era eu!”.
E o Morro Maluco traz-me saudades da terra, da infância e adolescência, do JJ e das suas boas gargalhadas!

quinta-feira, junho 26, 2008

A indecisão

Vislumbra-se um ponto qualquer no Universo, algo que transformará o incerto de todos os dias. A poeira não assentou, os trilhos estão pouco marcados e será preciso uma acalmia para que se notem os caminhos já percorridos, conducentes ao alvo.
Muitas marcas se adivinham, de diferentes modos e tamanhos, até de feitios arrojados. Será preciso o doutoramento da vida para conseguir resolver o dilema? Seguir a marca mais ondeante, ou a mais usual, resultado do pisar contínuo?

O enigma reside na decisão a tomar. O tempo esvai-se lentamente, porquanto a luz natural se vai afastando para outros lados, ajudando no rumo de outras decisões. A sombra apodera-se do local e só os desenhos decalcados no solo não são suficientes para a resolução seguinte.
Os conselhos, às vezes são necessários, mas só ele, naquele momento, naquele corpo e naquele pensamento deverá insurgir-se contra as ideias confusas que o atormentam.

Nem sempre se reage na altura, há comportamentos que levam o seu tempo a crescer, a tomar forma, a serem entendidos.

Sentiu-se desconfortado, descontente, com tanta reflexão, mas o seu raciocínio dizia-lhe que, se a caminhada era até então feita assim, diariamente, apesar de tanta incerteza, seria urgente optar agora por uma nova direcção?
Se o gesto repetido tem resultado no êxito dos seus deslumbramentos e ambições, deverá então reverter a situação - apagar os trilhos, esquecer o ponto, e recuar até ao tempo e ao espaço onde não era necessário reflectir, - bastava aceitar.

Os pés conheciam as marcas já delineadas na véspera, não estavam completamente apagadas, permaneciam e não questionavam...

Assim, a vida era-lhe facilitada, nada o iria surpreender neste longo trajecto, já tão trivial.

maria eduarda

quarta-feira, junho 11, 2008

Questionar



Questionar... O quê?
A vida? A morte? A mudança?
Para quê?
A vida corre, porque estou viva e tenciono vivê-la. A morte, essa há-de chegar, e não quero pensar nela, assusta-me!
A mudança, essa acontece quando eu necessito alterar o rumo. Então, mudo os objectivos e planifico ao contrário.
Porquê?
Porque me apetece mudar. Porque decidi fugir à monotonia, ou terei de me habituar a ela?
Mesmo que queira percorrer outro sentido, o destino é o mesmo. Mesmo que, em vez de palmilhar o mesmo caminho para chegar lá, trace outras directrizes, o destino é aquele, onde esperam por mim.

Que fazer?
Deixar-me de raciocínios elaborados e continuar, como habitualmente, o mesmo percurso. Só que, a partir de agora, a monotonia será tratada por você. Não tenciono atribuir-lhe a confiança do tu.
Até a plavra monotonia é monótona!

maria eduarda

terça-feira, maio 27, 2008

É urgente!

A alegria é contagiante, por isso, contagiemo-nos, quando vemos um sorriso, ou quando ouvimos uma estrondosa gargalhada.
Há pessoas animadas, que levam a vida de semblante sereno, sem as expressões que revelam aborrecimento e alteram o rosto.
É urgente conviver com pessoas alegres, positivas, sempre dispostas a arrancar um sorriso ao outro. São seres que sabem estar na vida, sem sobressaltos, que gostam de viver!

Por outro lado, existem pessoas amargas, cheias de dores não resolvidas. Destas pessoas, tento afastar-me, diariamente, porque a amargura, a tristeza, também são contagiantes.
Claro que há vidas muito sofridas... mas onde fica o sonho? Num lugar recôndito, onde é quase impossível chegar?

É urgente erguer o rosto, apagar o passado, e voltar a sorrir, porque enquanto vivemos, devemos segurar fortemente este alento que nos faz sorrir, que nos faz sonhar.
É urgente recomeçar! É urgente saber viver, sem ressentimentos contidos. Se o carro avariar, a meio do percurso, pede-se a alguém que o conserte, e a viagem prossegue, com a mesma serenidade com que foi iniciada.

É assim que o ser humano deve encarar a sua existência na Terra, e, se por acaso, se deparar com momentos dramáticos, ser capaz de se erguer, de sorrir e continuar a caminhar. Se, mesmo assim, se sentir incapaz de prosseguir, ter a coragem de pedir a ajuda de alguém que o ensine a sorrir de novo.
É urgente sorrir!
É urgente viver!
É urgente sonhar!

maria eduarda

sábado, maio 24, 2008

Uma viagem de Almodôvar a Lisboa





Ontem o meu dia foi uma aventura, no melhor e no pior dos sentidos.No melhor, porque fui dar um passeio até à capital, no pior, porque acontecem-me sempre situações embaraçosas. Mas, o que é preciso, é manter a calma!

Quando vou a Lisboa faço-o sempre ao lado de alguém que conduz, ou então, viajo no Expresso e do outro lado está alguém à minha espera. Sou péssima em fixar indicações do tipo: vira à direita quando chegares a... e depois à esquerda, e por aí fora...
Saí de Almodôvar às 9h e rumei em direcção a Setúbal, onde tinha a minha filha à espera. Desta vez não me enganei no trajecto para o local onde ela mora, (da última vez estive cerca de 1h às voltas, sem conseguir encontrar a avenida que me leva ao bairro onde ela reside!).
Voltando à minha viagem! A meio do percurso começou a chover, e a água era tanta, que não se adivinhava sequer a presença do que quer que seja. Liguei os mínimos, reduzi a velocidade, mantive a calma e lá cheguei a Setúbal.
A viagem de Setúbal para Lisboa (tinha que deixar o carro no Fogueteiro e apanhar o comboio), não correu muito bem. Ao invés de seguir a seta que me indicava Lisboa-Almada, segui a direcção Lisboa-Montijo e, como se trata de uma auto-estrada, é impossível fazer uma inversão de marcha e lá íamos nós a caminho de Porto Alto... A minha filha a telefonar ao pai, para obter as tais indicações precisas, o pai já a ficar deveras preocupado, e eu às voltas...
Por fim encontrámos a seta milagrosa Lisboa- Almada, e lá prosseguimos viagem.
Chegadas ao Fogueteiro, não encontrei a entrada para o tal parque que me foi indicado, e mais uma vez, voltinhas e voltinhas, à procura de outro parque.
Estacionámos o automóvel e fomos comprar os bilhetes de ida e volta, que, ao serem introduzidos na máquina, foram rejeitados, com aquele aparato ruídoso, característico das máquinas deste tipo. Afinal estávamos a colocar os bilhetes numa posição incorrecta...
Apanhámos o comboio para Lisboa, chamámos um táxi, e fomos almoçar. Tudo a correr calmamente!
Depois de estarmos despachadas, fizemos o percurso inverso e lá fomos nós ter com a nossa viatura. Ponho o carro a trabalhar e dirijo-me para a saída do parque. Coloco o bilhete na máquina, para a cancela abrir, uma, duas, três vezes e nada, a teimosa não dava sinal de vida. Ainda ouvia a minha filha a dizer:"Não venho mais contigo, só nos acontecem coisas estranhas!" À quarta tentativa, saí do carro, introduzi o bilhete e a cancela abriu, só tive tempo de me atirar para dentro do carro e arrancar! Enfim!!!
Seguimos viagem e chegámos a Almodôvar por volta das 20h. Cheguei exausta, e não foi só por ter conduzido, mas estas peripécias cansam-me. Que hei-de fazer? Será que há alguma coisa a fazer?

Bom, para a próxima vai tudo correr bem, não haverá sobressaltos, resta saber se a minha filha ainda quer a minha companhia, na qualidade de condutora! O que é preciso é não desitir, e eu sou muito teimosa.
Bom fim de semana, sem aventuras destas!
maria eduarda

quarta-feira, maio 07, 2008

Coisas que nem sei bem o quê

Ainda há bocado olhei para uma folha. Realmente as folhas são um bocado privilegiadas. Não têm que fazer nada, mas têm acesso a tudo. A todos os olhares e a todas as conversas, presenciam todas as situações e todas as confusões. O que não saberá uma folha! Certamente saberá que o Valente já está farto de trabalhar na oficina e que a Frederica não gosta do cão do marido, porque é alérgica ao seu pelo. Azar. Tenho a certeza que a folha ouve e vê todos estes arranhões da vida e diz “azar.” E não tem razão? No final, a única coisa que a folha tem que fazer é esperar por um rasgo de vento para poder seguir o seu caminho. E a partir daí se verá. Para onde irá a folha? Cada vez mais tenho a certeza que a folha diz “azar”.

O problema da folha é que por ser folha não pode folhear por aí e por aqui. E não folhear não tem piada. Mas o que chateia a folha, é que ela sabe que as pessoas podem folhear e não querem, só querem que o vento chegue, para saber como é o fim da história. Não, eu tenho a certeza que a folha aproveita a viagem toda, de outro modo, porque estaria ela ali? Para servir de confidente natural da agitação social? Não, nunca. Ao menos a folha desfruta do ramo, do vento e da poluição. A folha lida bem com tudo. Nunca está triste, zangada, magoada ou chateada. A folha não tem disposição, tem esta que tem e pronto. Se ao menos as pessoas fossem mais como as folhas. Se fossem como as folhas não lhes tinhamos que dizer nada. Cresciam e pronto, ficavam como a folha, aberta e disposta. Mas se assim o fosse seriam pessoas, porque passavam ao lado da viagem, e as pessoas fazem sempre a viagem, só não percebem que a estão a fazer.

Há coisas que não te sei explicar. Sim, é mais ou menos isso, mas agora tens que agir desse modo e não apenas falar. Essa é a diferença entre nós. Não, não, não em tudo, mas em várias coisas. Tu sabes bem que é assim. Tens que ser tão complicada porquê? Não percebo. Sim, claro, o eterno cliché feminista. Ah pois! Agora sou eu que sou machista. Não, eu só defendo o uso da lógica. Mas podes ao menos ouvir-me? Não te percebo. Nem vou perceber. Nem quero perceber. E não quero partilhar a minha viagem.


Vasco