
"... Senti que quem estivera a falar comigo fora aquele rapaz, Pip. Esse rapaz que eu não podia ver nem tocar, mas que conhecia ... Arranjara um novo amigo.
O facto surpreendente é o lugar onde o conheci: não foi em cima de uma árvore, nem com cara de mau à sua sombra, nem a chapinhar nos regatos da colina, mas num livro. Nunca ninguém nos dissera para procurarmos aí os amigos. Nem que nos podíamos pôr na pele de outra pessoa..."
(...)
"...Não podemos fazer de conta que estamos a ler um livro. Somos denunciados pelos nossos olhos. E também pela nossa respiração. Uma pessoa envolvida num livro esquece-se, simplesmente de respirar. A casa pode pegar fogo, que um leitor profundamente envolvido num livro não olhará para cima enquanto o papel de parede não estiver em chamas..."
O facto surpreendente é o lugar onde o conheci: não foi em cima de uma árvore, nem com cara de mau à sua sombra, nem a chapinhar nos regatos da colina, mas num livro. Nunca ninguém nos dissera para procurarmos aí os amigos. Nem que nos podíamos pôr na pele de outra pessoa..."
(...)
"...Não podemos fazer de conta que estamos a ler um livro. Somos denunciados pelos nossos olhos. E também pela nossa respiração. Uma pessoa envolvida num livro esquece-se, simplesmente de respirar. A casa pode pegar fogo, que um leitor profundamente envolvido num livro não olhará para cima enquanto o papel de parede não estiver em chamas..."
in Mr Pip de Lloyd Jones
(Um livro belo como a esperança, duro como todas as guerras.)