
Respiro,
Se me inspiro no calor de beijos redondos
E expiro ternura morna, alegria.
Respiro,
Se me inspiro nos sorrisos dos outros
E expiro risos em mim espelhados.
Respiro,
Se me inspiro nas crianças a brincar
E expiro gestos infantis e sonhos de arco-íris.
Respiro,
Se me inspiro descalça na areia da praia
E expiro a certeza de ser parte do “Oceano”.
Respiro,
Se me inspiro no toque morno do sol dourado do entardecer
E expiro um profundo entusiasmo por viver.
Respiro,
Se me inspiro num belo texto, verdadeiro,
E expiro palavras que são chão e fazem caminho.
Respiro,
Porque me inspiro de vida e vida expiro!
Inspiro-me de doce e salgado, de luz e de sombras, e vida expiro...
Com a guerra,
com a fome,
com a dor e o desespero,
com a poluição, a exploração,
com o vazio de espírito,
com o egocentrismo, a futilidade, o materialismo,
não me inspiro,
não expiro,
não respiro...
Suspiro!
Dinamene
Inspirada num post da Lita…
O que (mais) me inspira…
...É o frio e o calor, o dia e a noite, o sol e a lua, os dias felizes e os dias difíceis (que nos fazem crescer), o mar e areia, as crianças e os seus risos, as pessoas que sonham, lutam e acreditam com esperança, os amigos, a família, os meus filhos, todas as formas de amor, os animais e as plantas, a terra, a chuva, o vento, o fogo… Inspiram-me certas palavras, muitas poesias, algumas músicas, as cores, todos os tons, alguns sons (as cigarras em noites estreladas, os risos, o cantar dos pássaros, as ondas do mar…), os cheiros (da manhã, do café, da relva acabada de cortar, da terra molhada, do pescocinho do Artur, do cabelo da Luna,…) , os sabores (do beijo, da fruta, do mar, da água e da cerveja gelada em dia de calor…) as texturas ( o toque da pele, o pelo do Pingo, a areia entre os dedos, o gelo, o pão quente, o barro,…)….