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sexta-feira, setembro 26, 2014

Das cores do meu mundo


Pinta-me de azul
amarelo verde ou violácea
Deixa-me uma rosa
mas não roubes a acácia

Pinta o meu mundo
de cores garridas, traço seguro

Perscruta bem no fundo
e nada temas 
se vires o muro


A viagem é sincera


mas.. jamais te disse, que a tempestade

não

e r a



s  e  v   e  r  a

domingo, julho 13, 2014

Pensamento I - Da vontade


Não voarás, se as tuas asas adulterares.

maria eduarda

quarta-feira, julho 09, 2014

Edição Exclusiva

Porque ainda há quem me pergunte como/onde poderá adquirir o livro «Pedaços de Mim Partes Vossas», relembro, caso pretendam informar os vossos amigos e conhecidos, que, por se tratar de uma edição exclusiva , o livro não se encontra disponível nas livrarias, podendo apenas ser adquirido através do email dinamenersousa@gmail.com ou ainda da Wook e da Bertrand online.

Um abraço


Dinamene Ribeiro de Sousa

terça-feira, abril 15, 2014

Liberdade

 

L iberdade reclamam as flores, que

I nsistentemente nascem, entre pedras incolores.

B reve aparição da primavera de Abril,

E mergente na calçada de pedras mil,

R evolucionando o passeio!…

D iariamente, florindo sem anseio.

A brindo um novo caminho à vida,

D eixando, na pedra, marca florida,

E sperança colorida da verdade, Liberdade.
in PEDAÇOS DE MIM, PARTES VOSSAS






http://www.cm-olhao.pt/destaques/em-destaque-biblioteca/1051-apresentacao-do-livro-pedacos-de-mim-partes-vossas

quinta-feira, março 20, 2014

Sombra



A luz
escondeu-se
do meu horizonte
crepuscular.
Levo o laranja,
dobro-o
na bainha
dos meus lençóis,
da cor da paz.

maria eduarda

Amanheceu!


O dia amanheceu assim
diferente e encantado
com fragância a jasmim
quente e enamorado

Amanheceu doce e me embala
com músicas ternas
ao mesmo tempo que cala
o frio nas minhas pernas

Esperei tanto o chegar deste dia
que calasse toda a minha dor
no qual se fizesse a magia
de mil histórias de amor

Sei que também partirá
e outro tempo será tomado
mas parte dele ficará


para sempre 
cá dentro 


g r a v a d o


segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Remédios do Acaso


A vida é isto mesmo.
Uns partem e outros regressam.

Após pausa prolongada da blogosfera, regresso agora com novos remédios para prescrição livre, sem risco de sobredosagem e cheios de efeitos secundários.

Espero que apreciem, que comentem, que contribuam.

Depois de uma passagem activa pelo facebook, resolvi abandoná-lo à sua sorte.

Porque nem sempre "o mais", é "o melhor".

Tenho saudades da escrita livre e ainda mais descomprometida. Das palavras nuas, dos versos despidos. Saudades da ausência de muitas fotos e de ter poucos amigos.

Tenho saudades de estar ainda mais sozinho, tenho saudades de me alimentar de letras dispersas no tempo e no espaço e de nos comentários reduzidos e inesperados, sentir o afectividade de um abraço.

Andarei pois a prescrever remédios para todos os gostos e doenças.

Uns de sabor adociçado, outros por ventura mais amargos.

Mas todos de boa qualidade e de fabrico ainda artesanal.

Lá vos espero. Tomem os que quiserem.




ACASO ()

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

O livro que editei  está disponível na wook

e bertrand on line:
 
Abraço e boas leituras
 
 

segunda-feira, janeiro 20, 2014

domingo, dezembro 15, 2013

Apresentação do livro PEDAÇOS DE MIM , PARTES VOSSAS

Ontem, tive a honra de ter o meu tio, Eduardo Ribeiro, a APRESENTAR o meu 1º livro editado. A análise do meu tio foi maravilhosa, estou-lhe eternamente grata pela sua sabedoria, perspicácia, generosidade e presença. Leiam, pq realmente está uma apresentação maravilhosa!
 
 
 
Tive o grato prazer de ser o apresentador da primeira obra publicada da minha sobrinha Dinamene ‘’Pedaços de mim, partes vossas’’ na Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana - Cascais, ontem, dia 14 de dezembro de 2013. Eis a as palavras de apresentação:

Começo por apresentar a autora, que julgo ser de todos ou quase todos conhecida.
Licenciada em Biologia Marinha e Pesca, trabalha atualmente... no SMAS de Loures e é minha sobrinha. Pertence a pelo menos três grupos tribais a que eu também pertenço: família, já dito, e também cabeça de pungo e escritora como eu. (A partir de hoje tenho de a considerar uma escritora!).

 Mas apesar de ser minha sobrinha, quero esclarecer que não terá sido esse atributo que a fez convidar-me para apadrinhar o primeiro livro de sua autoria, nem por eu ser, como ela, um modesto amante das letras e, de um modo geral, de todas as expressões artísticas e culturais.
Presumo que a razão mais provável, conjugada com as outras, é a de eu ter sido, nos últimos anos, investigador sobre a biografia de Camões, centrado na polémica da presença em Macau do nosso Poeta quinhentista, de que dou como exemplo estes dois livros, que aqui vos mostro, por mim publicados e lançados em Portugal no ano passado com a chancela da Labirinto de Letras Editores, e que vou deixar de oferta à Biblioteca Municipal anfitriã deste evento.


 Quanto ao teu livro, a primeira palavra é a da surpresa. Esperava encontrar de uma primeira obra aquilo que se espera de uma obra primeira: a hesitação, a insegurança. O que encontrei foi um livro muito interessante, com muita maturidade e escrito de uma maneira muito ágil, fluida e rica. O meu juízo não é, pois, só benigno, é muito mais do que isso, é lisonjeiro e de elevada expetativa de que voarás mais alto.

Dinamene, estás de parabéns. Revelas ser uma mulher observadora, atenta e sensível. Observadora do quotidiano que te rodeia, atenta ao Outro que se cruza contigo e sensível aos grandes temas que a sociedade moderna debate.

Penso em ti nos encontros em casa da tua avó que as minhas vindas a Portugal proporcionaram e na tua expressão serena e perscrutadora em direção a mim, numa como que tentativa de penetrar no pensamento do teu tio e dissecá-lo, procurando um qualquer mistério por detrás da capa enigmática que por vezes ostento, e revejo, em todos estes contos e poemas que aqui nos trazes, essa tua atitude observadora, estudiosa, dissecadora, sequiosa de compreender o mundo e o ser vivente, contos e poemas esses em que a tua capacidade de leitura do Outro se revela a cada passo e a cada momento.

Disse contos e poemas, e disse bem, pois a obra está organizada alternadamente com belos contos e belos poemas. Minha querida Dinamene, repito: surpreendeste-me. Tudo faz sentido, os poemas são lindos e têm uma mensagem subjacente.
Aliás, penso ter encontrado a linha de pensamento que te move em toda a obra, nos contos e poemas. Não apenas a do ciclo das estações que comandam a vida, mas a do ciclo cosmológico que comandam as vidas. Não andarei longe da verdade, estou certo, de tal forma essa linha ressalta ao longo da leitura implícita ou mesmo explícita.

Queres saber qual?
Querem saber qual?

Tudo se resume a esta expressão, que a autora não usa, mas é como se a usasses: ‘’Tudo é Um’’, querendo dizer que todos fazemos parte da energia cósmica de onde tudo deriva. De que, como disse Primo Levi, ‘’o homem é centauro, emaranhado de carne e espírito, de hálito divino e de pó’’.

1. Vemos isso logo na capa, no título: ‘’Pedaços de mim, partes vossas’’. O que quer isto dizer?
Parece óbvio: que todos somos um!
E quando me refiro a isto, não me refiro só aos grupos tribais a que a autora pertence e que estão aqui representados: família, amigos, colegas, conterrâneos. Representados nesta sala mas também presentes na obra dada à estampa, onde consigo reconhecer pedaços da avó Lida, da mãe Sê, do avô João, interligados de pedaços de outros que, obviamente, não conheço mas adivinho serem a família do lado do pai, amigos, colegas de trabalho, antigas condiscípulas, vizinhos, transeuntes que se cruzam no dia a dia com a autora. E, claro, consigo reconhecer pedaços da autora em Margarida, em Joana, e em mais uma ou outra das protagonistas femininas dos teus contos.
Não sendo só no título e sendo em toda a obra, como já disse, onde particularmente essa ideia do ‘’Tudo é Um’’?

2. A seguir à capa, logo no primeiro conto, ‘’Coisas de mãe’’. Cito:

‘‘São os filhos essa continuação de si mesmas, libertos do cordão, mas a elas ligados por feixes de luzes invisíveis, em laços e nós de afeto e de ternura’’.

Dois em um. Filho e mãe. Mãe e filho. Ligados por feixes de luzes invisíveis.
E o companheiro? Esse terceiro não conta? Conta. Cito:

«… em sintonia com o companheiro que lhe forneceu a energia necessária para dar à luz, tendo sido ele o veículo para que a energia do universo fluísse naturalmente».

Afinal o três em um. Um pequeno corolário do ‘’Tudo é um’’.

Este teu conto flui muito naturalmente, está muito bem escrito e tem um poema muito belo sobre a amizade, na linha dos grandes poetas que sobre ela escreveram:

«Se a amizade fosse uma árvore,
Seria grande e forte,
Com raízes profundas e sólidas,
Um tronco largo e robusto,
Ramos longos a crescer à sorte… » etc, etc.

Mas continuemos com a ideia de que tudo é UM.

3. Em ‘’Barcos’’, um conto fantástico, fantástico no duplo sentido da palavra, de novo abordas a ideia da ligação universal de tudo e todos, quando em nota de pé de página, ao explicares a origem da designação científica da cegonha-branca, terminas fazendo votos de que «as cegonhas continuem a trazer, além de bebés, as boas novas sobre o estado do ambiente».
A ligação da cegonha à ecologia e ao ambiente não é senão mais um afloramento dessa ideia da interligação energética de todos os seres, Biologia com Natureza. Que também traduzem as preocupações ambientais da autora, como neste conto muito bem se percebe.
Aliás, já no final do conto, tornas-te perfeitamente explícita, quando pões a Ciconia-ciconia a aconselhar João:

«Escreve esta história, para que os homens ponham os olhos na Natureza e não se esqueçam que são apenas uma parte dela».

‘’Tudo é um’’, mais uma vez. Tomara os homens seguirem o conselho da cegonha-branca.

4. A seguir, no poema AMOR, reparem como a autora termina o poema:

«Peguei na palavra AMOR
E atirei-a ao Ar…
Então, de novo, caiu em mim…
Caí em mim!
Voltou em muitas palavras, infinitas letras, várias emoções…
Porque no Amor cabe o Mundo, o Universo, o Sonho e o Real…»

Belo, belo, belo… Não só o poema em si mas a ideia de atirar as letras do Amor ao ar e recebê-las de volta, pois o amor gera o amor. E não é certo que o contrário, o ódio, gera a réplica de si mesmo, por isso o Mundo nunca mais se cura?
«Porque no Amor cabe o Mundo, o Universo, o Sonho e o Real»!
Pois cabe, minha querida Dinamene: No Amor cabe tudo, porque o ‘Tudo é Um’ e o ‘Um é Tudo’.

5. Também no conto ‘’Viagem à Terra Natal’’ vemos o afloramento desta ideia no abraço entre Maria Terra e José Mar, um «abraço de um minuto, que pareceu durar a eternidade». E porquê? Porque durante esse minuto, essa eternidade, «foram… UM SÓ»! Palavras da autora.
Foram… um só, como que numa fusão de espíritos e de corpos, de ‘’emaranhado de carne e espírito, de hálito divino e de pó’’, palavras de Levi, como disse antes.

6. Do mesmo modo no conto ‘’Vendedora de Sonhos’’, o que diz a Senhora do Monte às crianças quando lhe perguntam porque nunca falara da sua vida antes? Isto:

«Porque nunca me tinham perguntado. E porque gosto de vos contar histórias… Porque nas histórias que vos conto, também está um pouquinho da minha vida e das vossas!...».

E ao terminar o conto, a Senhora do Monte deixa às crianças esta mensagem:

«Não se esqueçam que sonhar faz parte de nós, como a realidade, e que, às vezes, os sonhos e a realidade se misturam. Nos sonhos está sempre um pouco da nossa realidade, tal como, no dia-a-dia, também estão os nossos sonhos».

A mesma coexistência cósmica do Tudo é UM. Sonho e realidade, realidade e sonho. Onde a fronteira?

7. É essa sintonia de espírito e carne, de hálito divino e de pó, que constitui a epifania da energia universal que provoca vibrações na Joana do conto ‘’Do lado de lá’’, essa energia que fazia Joana «atrair acontecimentos harmoniosos e felizes, criando empatia com os utentes».

8. Mas de novo, no belíssimo poema ‘’Respiro’’, não deixas de abordar a mesma ideia, a da comunhão das coisas e dos seres, quando dizes, a certa altura:

«Respiro,
Se me inspiro descalça na areia da praia.
E expiro a certeza de ser parte do ‘’Oceano’’».

Neste poema respiras, respiras, respiras, respiras, mas por fim suspiras, suspiras de tristeza e desespero. Com quê?
Tu o dizes:

«Com a guerra,
Com a fome, com a dor e o desespero,
Com a poluição, a exploração,
Com o vazio de espírito,
Com o egocentrismo, a futilidade, o materialismo (…)»

Com isto não te inspiras, não expiras, não respiras… Suspiras!
Minha querida, isto é poesia do melhor que há.

9. E até na Dedicatória final (Dedico), na duas últimas linhas, lá encontramos a mesma ideia do ‘’Tudo é Um’’ quando falas de uma das angústias do homem, a solidão. Cito:

«Pois até na mais recôndita das solidões, descobri que eu sou os outros, os outros que são eu»…

10. E, finalmente, em ‘’Janela Aberta’’, invocas essa identidade cosmológica com a seguinte frase:

‘’Gosto de sentir o universo inteiro
entrar no universo que sou».

Pois gostas, querida Dinamene, e não escondes isso de ninguém e é essa a linha correta de estar na vida, porque sendo todos e cada um de nós um indivíduo dotado de livre arbítrio, não deixamos de fazer parte do Todo Universal que nos rege a nós e ao Mundo.

Dinamene, gostei muito do teu livro, dos teus poemas, da tua sensibilidade, das tuas causas que são universais, o combate ao racismo, à discriminação, à destruição da Natureza, à violência, à guerra, à fome, à solidão, tudo isto perpassa pelos teus contos e poemas e vê-se que és uma MULHER e uma ESCRITORA com letra grande. Resta-me felicitar-te e desejar-te boa sorte. Que os teus leitores consigam entender os pedaços de ti e perceber quanto desses pedaços são parte deles mesmos!


Eduardo Ribeiro

sábado, dezembro 14, 2013

A nossa escritora


Hoje, pelas 18 horas, a Dinamene apresenta o seu livro. Não pude estar presente, mas desejo que este livro marque o início da sua carreira como escritora.
Beijinhos amiga!

terça-feira, dezembro 03, 2013

PEDAÇOS DE MIM , PARTES VOSSAS

Querid@s amig@s


Vou apresentar em breve o  meu primeiro livro.






Nas palavras do Editor, «…o livro mistura livremente as dimensões testemunhal, existencial e literário-poética. É uma obra despretensiosa,no sentido de nele se sentir a experiência da escrita no seu significado quase vital para a autora. É isso que ela partilha e é nesse nós que o seu eu emerge.»




segunda-feira, agosto 05, 2013

Carta ao "escritor" César Madureira

 
PERPLEXIDADES

Quem me conhece sabe como gosto de escrever, este blog acabou por ser uma forma de comunicar algumas das minhas ideias/contos/poemas. Antes dele cheguei mesmo a recorrer a concursos literários na esperança de fazer chegar a alguém esta capacidade inata que tenho de revelar-me na escrita. O 1º foi o Concurso da Trofa, em 2002, com o Conto a Senhora do Monte. Esse conto foi também enviado, em 2003 para um concurso literário em Faro. Foi publicado neste blog em Abril de 2008, veja:
 


Agora imagine a minha perplexidade, Sr César Madureira, quando ao pesquisar livros infantis para requisitar para o meu filho, me deparo com a coleção “Contos sonhados em Português” e me salta para as mão a “Vendedora de Sonhos”!...
 




Pensei logo, que coincidência, porque a minha alma ingénua, quase infantil, jamais poderia imaginar que aquele livrinho fosse inspirado na Margarida, a “Vendedora de Sonhos” da história da Senhora do Monte. Só ao visualizar a página da barraquinha com o letreiro tosco e ao ler “Vendo Conversas e Sonhos” me arrepiei e a palavra plágio sussurrou-me ao ouvido.
 

Verifiquei que está integrado numa coleção de dez livros de contos que tem como fio condutor o facto de todas as histórias terem como cenário países e locais onde se fala a Língua Portuguesa.  "Contos sonhados em Português" é a sua primeira incursão na escrita para crianças, num projeto partilhado com o ilustrador André Letria .
 

A 1ª edição da “Vendedora de Sonhos” pela Quidnovi (Matosinhos) é em 2009 e felizmente a “minha” Vendedora de Sonhos já tinha lugar publico neste blog.

 
Tudo isto me faz pensar no perigo dos concursos literários, na desonestidade e falta de idoneidade, nos ladrões de ideias.

Claro que não posso afirmar que o senhor é um desses furtadores de pensamentos alheios, até porque o conto que escreveu não é exatamente igual ao meu, apenas a historia da vendedora com uma “banca” ou “barraquinha” para vender sonhos se assemelha.

Talvez seja uma brutal coincidência e então peço-lhe desculpa se o importunei e já agora, visto que tem conhecimentos nas editoras, veja lá se me dá um empurrãozinho, é que tenho ideias extraordinárias para crianças e adultos e estou sedenta de as partilhar.
 
Dinamene Sousa

domingo, março 10, 2013

Au revoir

Amiga,

Gosto do que escreves, sinto-me lisonjeada por ter uma amiga assim. Andei inquieta, quando me despedi deste nosso espaço, parecia que me afastava dos companheiros de bloguice.
Concordo com a intenção de apareceres por cá e por la, muitas vezes, quando te apetecer.
Um abração com saudades. À bientôt!

Querida Amiga, Companheira, Colega Eleita, Mulher Especial
Sabes, n gosto da palavra Adeus!!! Talvez p influência francesa. Tu sabes o q é o "Adieu" p os franceses.
Prefiro o até já, o "au revoir", "à bientôt".
Nós estaremos sp ligadas pela amizade profunda q nos uniu. Qtas horas partilhadas, tantos risos, gargalhadas e mm lágrimas?! Deixemos o blog assim, aberto a quem quiser consultá-lo. Foram momentos felizes q partilhámos. O FB veio provocar uma gde alteração nos nossos hábitos cibernáuticos, mas este espaço será sp o Nosso Espaço.
Sei q tens o Teu Espaço, irei lá mtas xs p te "ouvir", adoro o q escreves.
Concordo q se faça uma Pausa (gde? pequena?) aqui.

Partilhemos o poema do Eugénio de Andrade

Até Amanhã

Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.

É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.

É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.

Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.

Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã"


domingo, fevereiro 17, 2013

Vou construir uma nova estrada, começo-a aqui   http://didium-luzesnasletras.blogspot.pt/

Um adeus




Foi um prazer construir este blogue e partilhá-lo com pessoas fantásticas,

Hoje, dou por encerrada esta odisseia, não eliminando este espaço, para futuras visualizações.

Obrigada pela vossa leitura!

domingo, julho 01, 2012

Dedilhar



E o som da guitarra
dedilhada, tangente,
abafa os meus passos
outrora devassos,
de ébrios cansaços,
revelados apenas
na corda errante
de uma guitarra
perdida no tempo.

maria eduarda

quinta-feira, maio 31, 2012

Janela

Das muitas janelas da minha casa,


Aquela mantinha-se fechada há anos, já nem me lembrava sequer para que lado do jardim dava...

Sabia que não era para um local desagradável, pois alguma luz entrava por ali, mesmo com as persianas fechadas...

Não podia ser, com certeza, para o lado escuro do jardim, húmido e fresco de arvoredos, escondendo obscuros segredos.



A minha casa é imensa, parece que todo o universo está lá dentro, até me perco por vezes nos corredores do meu mundo interior...

Por isso vou abrindo janelas, algumas todos os dias, tentando que o mundo exterior me recorde quem sou....

Parecem espelhos as minhas janelas, vejo-me melhor quando espreito por elas...

Gosto de sentir o universo inteiro entrar no universo que sou.



Porém, aquela janela, não tinha pressa em abri-la... Como tantas outras que mantenho encerradas...

Estava assim, à espera do momento certo,

Aguardava que alguém batesse do outro lado, talvez o vento....



Algumas sei que não vou abrir, sei onde vão dar, e não quero ver esses mundos densos, estão bem fechadas...



Aquela grande janela estava no esquecimento, talvez...

(Não tenho pressa, sei que há um momento para tudo, que somos guiados por uma voz interior que sabe exatamente o que é melhor para nós.)

Porém, ao passar pela sala azul, olhei a janela de soslaio e vi como estava cheia de pó e como a luz já não entrava com tanta intensidade nas sombras da poeira da sala.

Cuidadosamente limpei-a e ouvi uma melodia do outro lado.... um assobio.....

Ao abri-la o vento de luz foi de tal maneira forte e intenso que caí ao chão arrebatada e logo suavemente o vento me segurou com doçura e me fez voar para fora da janela em sonhos de mil cores... E brilhos dourados.



De súbito, na minha ilusão, a janela fechou-se num estrondo, vi-me parada a olhar para ela, a luz a tentar entrar, o vento lá fora a bater.



Está fechada agora a janela, evito passar pela sala para não demorar ali o olhar,

Parvoíce, receio que a luz me cegue….





Um dia vou lá, perco o medo, abro-a de par em par....

segunda-feira, abril 23, 2012

Dia Mundial do Livro