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terça-feira, setembro 02, 2008

o apocalipse dos trabalhadores

Este livro "é um retrato do nosso tempo, feito da precariedade e dessa esperança difícil. um retrato desenhado através de duas mulheres-a-dias, um reformado e um jovem ucraniano que reflectem sobre os caminhos sinuosos do engenho e da vontade humana num portugal com cada vez mais imigrantes e sobre a forma como isso parece perturbar a sociedade."
(na contracapa do livro)

O escritor, valter hugo mãe, que só escreve com minúsculas, Prémio José Saramago em Outubro de 2007, publicou em Julho o seu novo romance, o apocalipse dos trabalhadores , em que «maria da graça – mulher-a-dias em bragança esquecida do mundo – tem a ambição, não tão secreta como isso, de morrer de amor; e por essa razão sonha recorrentemente com a entrada no paraíso, onde vai à procura do senhor ferreira, seu antigo patrão, que, apesar de sovina e abusador, lhe falou de goya, rilke, bergman ou mozart como homens que impressionaram o próprio deus. mas às portas do céu acotovelam-se mercadores de souvenirs em brigas constantes e são pedro não faz mais do que a enxotar dali a cada visita. tal como maria da graça, todas as personagens deste livro buscam o seu paraíso; e, aflitas com a esperança, ou esperança nenhuma, de um dia serem felizes, acham que a felicidade vale qualquer risco, nem que seja para as lançar alegremente no abismo.»

quinta-feira, agosto 21, 2008

O conhecimento dos anjos de JILL PATON WALSH

Neste belíssimo romance, a autora transporta-nos até uma ilha mediterrânica em plena Idade Média, onde a lenda do menino-selvagem é recuperada – uma criança que viveu desde sempre entre os lobos é encontrada por pastores numa montanha gelada – e serve de contraponto à história de um náufrago, Palinor, cujos conhecimentos do mundo, engenho e lógica excedem os de todos aqueles que põem em causa as suas crenças. À medida que a narrativa dramática se vai desenrolando até à sua conclusão implacável, torna-se, porém, evidente para o leitor que uma destas duas vidas terá de ser sacrificada.
Numa linguagem simples e profundamente bela, “O conhecimento dos anjos” é uma metáfora que ultrapassa o tempo em que ocorre a história, que conta e explora os conflitos entre a tolerância e a moral instituída, entre o amor e a crueldade.