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domingo, maio 11, 2008

Interpretem a mensagem deste texto.

As folhas celulosas estão dispostas em camadas perfeitamente lisas, ante a estreia do nebuloso céu de Outono.
O ambiente nefasto devora a neglitude esplenderosa da manhã submersa.
Perante o espectáculo sem par, o homem desfolha o jornal rasgado, já de tanta leitura feita até aquele dia. Mas a bruma precipita-se e o ambiente lúgubre tem o seu começo, no desenrolar dos acontecimentos tardios.
A submissão é lenta, mas eficaz.
O alvorecer precipita-se, de uma forma quadrada, com os seus vértices apontando para o centro da testemunha oblíqua.

Tout ça m'est arrivé, il y a longtemps. Je me souviens toujours de mon enfance, laquelle j'ai passé pleine de bonheur!
Qu'est-ce que tu fais? Je suis ici, près de toi, n'aies pas peur!

maria eduarda
(texto escrito em 1978, em Linda-a-Velha)

quinta-feira, abril 17, 2008

O menino negro - texto escrito por mim nos anos 70 e guardado num rascunho de folha de bloco!


Chove!

Os pingos de água caem na tua carita negra que sorri ao vento. Pisas o chão que é tão teu, e consegues senti-lo com os teus deditos nus e magoados.

És o garoto do bairro de lata, da miséria, do sofrimento.

Tens as mãos cheias de nada!

O dia está cinzento, feio, e cobre de bolor e solidão a tua casa de lata. Mas... tu sorris com inocência perante um presente cruel e devastador que dia a dia corrói a tua esperança.

Mas... não desistas, menino negro! Continua a sorrir e conseguirás vencer.Então os teus deditos não tornarão a pisar o chão frio que os enregela!

Lamentos amargos de uma solidão roída pelo tempo, tal parede, bloco que separa o jardim de jasmim aberto à vida!
maria eduarda