Alentejo...
Além Mar...
Além, te vejo...
A vaguear...
Na mão, o poejo,
A aromatizar!...
Estou na praia, fecho os olhos e vejo a planície imensa, contínua, até ao horizonte... Entretanto, abro-os, devagarinho, e entre os sobreiros e as oliveiras da minha memória, encontro-te, de canivete no bolso, boina, bengala,…
Inspiro o cheiro a maresia, com um toque de poejo, e sorrio ao pensar nesta imensidão de mundo que me deixaste. Talvez fosses mesmo como a planície e o mar na infinitude que têm em comum...
Deixaste-me tanto, tanto do que foste sou eu agora, recordo as tuas memórias...
Saudades da tua voz, do brilho dos teus olhos pequenos, do toque das tuas mãos ásperas e meigas nas minhas, das tuas histórias...
Vejo agora, na luz das minhas lágrimas, de mar e de azeite, o reflexo do teu rosto sábio e feliz.
Farias 98 anos...
Meu querido João, quase centenário…
Além Mar...
Além, te vejo...
A vaguear...
Na mão, o poejo,
A aromatizar!...

Inspiro o cheiro a maresia, com um toque de poejo, e sorrio ao pensar nesta imensidão de mundo que me deixaste. Talvez fosses mesmo como a planície e o mar na infinitude que têm em comum...
Deixaste-me tanto, tanto do que foste sou eu agora, recordo as tuas memórias...
Saudades da tua voz, do brilho dos teus olhos pequenos, do toque das tuas mãos ásperas e meigas nas minhas, das tuas histórias...
Vejo agora, na luz das minhas lágrimas, de mar e de azeite, o reflexo do teu rosto sábio e feliz.
Farias 98 anos...
Meu querido João, quase centenário…