As liberdades essenciais são três: liberdade de cultura, liberdade de organização social, liberdade económica. Pela liberdade de cultura, o homem poderá desenvolver ao máximo o seu espírito crítico e criador; ninguém lhe fechará nenhum domínio, ninguém impedirá que transmita aos outros o que tiver aprendido ou pensado. Pela liberdade de organização social, o homem intervém no arranjo da sua vida em sociedade, administrando e guiando, em sistemas cada vez mais perfeitos à medida que a sua cultura se for alargando; para o bom governante, cada cidadão não é uma cabeça de rebanho; é como que o aluno de uma escola de humanidade: tem de se educar para o melhor dos regimes, através dos regimes possíveis. Pela liberdade económica, o homem assegura o necessário para que o seu espírito se liberte de preocupações materiais e possa dedicar-se ao que existe de mais belo e de mais amplo; nenhum homem deve ser explorado por outro homem; ninguém deve, pela posse dos meios de produção e de transporte, que permitem explorar, pôr em perigo a sua liberdade de Espírito ou a liberdade de Espírito dos outros. No Reino Divino, na organização humana mais perfeita, não haverá nenhuma restrição de cultura, nenhuma coacção de governo, nenhuma propriedade. A tudo isto se poderá chegar gradualmente e pelo esforço fraterno de todos.
Agostinho da Silva, in 'Textos e Ensaios Filosóficos
2 comentários:
… que liberdades essenciais para a Liberdade!!… Gostei ;-)
A foto é da Luna… Em Cangas (Galiza).
As gaivotas vieram “em massa” ao nosso encontro por umas migalhas de pão… Tal como fazem os pombos pouco tímidos nos jardins. Vinham de todos os lados, enormes apesar de juvenis (na sua maioria), rápidas, atrevidas…
Não pareciam esfomeadas mas curiosas, jovens, livres…
Temos fotógrafa!!!
O enquadramento está óptimo. Pensei que tivesse sido o Anxo a fazer a foto.
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