Leio-me amiúde,
nem sempre me agrada a leitura
que de mim faço
e, na falta de alaúde,
retiro-me letras,
suprimo-me expressões,
acrescento-me interrogações.
E releio o parágrafo do dia,
na folha já reciclada,
que reclama ser melhorada.
Aliso-a, preencho-a de imagens,
multicores, abstractas,
plurais e ambíguas,
difíceis de decifrar
em dias normais,
de cansaços matinais,
de forças exíguas.
maria eduarda
nem sempre me agrada a leitura
que de mim faço
e, na falta de alaúde,
retiro-me letras,
suprimo-me expressões,
acrescento-me interrogações.
E releio o parágrafo do dia,
na folha já reciclada,
que reclama ser melhorada.
Aliso-a, preencho-a de imagens,
multicores, abstractas,
plurais e ambíguas,
difíceis de decifrar
em dias normais,
de cansaços matinais,
de forças exíguas.
maria eduarda
3 comentários:
Vim aqui visitar a casa de onde a bugs tomou emprestado o seu último post nos Lírios. Não desmerecendo a escolha feita pelo nossos Lírio, este poema é que me fez ronronar.
Parabens Didium, que inspiração!
Obrigada, Reverendo!
O Reverendo tem olho felino, garra pronta e instinto de caça.
Estás a ver, Dudú, lá me estou a esquivar ao comentário. É que a poesia requer, e a de quem nos é próximo ainda mais, um processo de "entranhamento". Como o que tu fazes neste poema magnífico.
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