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quarta-feira, junho 11, 2008

Questionar



Questionar... O quê?
A vida? A morte? A mudança?
Para quê?
A vida corre, porque estou viva e tenciono vivê-la. A morte, essa há-de chegar, e não quero pensar nela, assusta-me!
A mudança, essa acontece quando eu necessito alterar o rumo. Então, mudo os objectivos e planifico ao contrário.
Porquê?
Porque me apetece mudar. Porque decidi fugir à monotonia, ou terei de me habituar a ela?
Mesmo que queira percorrer outro sentido, o destino é o mesmo. Mesmo que, em vez de palmilhar o mesmo caminho para chegar lá, trace outras directrizes, o destino é aquele, onde esperam por mim.

Que fazer?
Deixar-me de raciocínios elaborados e continuar, como habitualmente, o mesmo percurso. Só que, a partir de agora, a monotonia será tratada por você. Não tenciono atribuir-lhe a confiança do tu.
Até a plavra monotonia é monótona!

maria eduarda

7 comentários:

G. Ludovice disse...

A monotonia é desgastante mas a mudança também e mais se o destino é o mesmo... é isso que assusta! Que outro poderá ser?

O tratamento por tu ou você, depende tanto da qualidade da mudança.. não basta mudar.
bj

didium disse...

Pois, apesar do destino ser o mesmo,pode haver uma mudança, que abale a monotonia, porque para melhor. Só assim valerá a pena!
bj

solange disse...

Destino?! Que destino? Será que já o temos traçado??? Lembrei-me, a propósito das vossas palavras, de “O Alquimista” de Paulo Coelho.
Monotonia ou mudança?! Temos de reagir e de agir e, entre a monotonia e a mudança, atingiremos, provavelmente, o equilíbrio. Porque, ao passarmos por esta vida, seria bom sabermos o que queremos dela, que caminho devemos percorrer, quais as escolhas certas.
Santiago percorre um longo caminho para encontrar o tesouro que estava ali mesmo ao lado. Se não o tivesse percorrido, nunca o encontraria!!!
Temos de ser corajosos, temos de parar para sonhar e, a seguir, lutar , para, na procura, chegarmos onde queremos.
“O Alquimista” conta-nos a história de Santiago, um jovem pastor, que teve a coragem de abandonar a sua terra, a sua família, a sua segurança, o seu mundo, para partir em busca de um tesouro que lhe surgiu num sonho. Ao longo da sua viagem, conhece várias pessoas que o vão ajudar a atingir o seu objectivo. Descobre várias qualidades em si, escuta o seu coração, interpreta os sinais e descobre o que procura.
Ainda que o destino seja o mesmo, a mudança pode trazer boas surpresas. Sobretudo os jovens, é bom que não se acomodem, que não tenham medo de arriscar e descubram o MELHOR destino!!!

didium disse...

Por acaso estava a referir-me ao destino de todos os dias - caminhar em direcção ao edifício onde trabalho, ver todos os dias as mesmas pessoas...
Quanto ao destino propriamente dito, penso que nós também o traçamos.

didium disse...

Mas, também há a considerar o destino, para o qual estamos todos traçados - a morte - aí nada há a fazer!

G. Ludovice disse...

Por acaso era na morte que pensava,, seja ela o que fôr. Quanto à monotonia, é uma noção que me fascina, porque me parece falsa, não existe repetição de nada, diria com Heráclito "não se entra no mesmo rio duas vezes". E se é falsa como nos pode apavorar?

bj

didium disse...

Eu sei, é impossível repetires o que fizeste ontem, além disso, hoje poderás ser "outra".
Olha, acho que é o cansaço e esta tamanha tranquilidade!
E como diria Pessoa : "É simplesmente cansaço!"