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segunda-feira, maio 26, 2008

O amor nos tempos de cólera

Li este livro, pela primeira vez, já lá vão mais de 20 anos. Fiquei impressionada e passou a ser, na altura, o livro mais bonito que já alguma vez lera. Outros se seguiram e cada vez é mais difícil dizer qual o livro de que mais gostei. A verdade é que, em 2006, a Dom Quixote reeditou este livro, que eu tinha lido emprestado, e comprei-o. Voltei a lê-lo, com o mesmo entusiasmo, pois a escrita de G. G. Marquez é, realmente, mágica. A forma como escreve é poética, única e encanta-nos da primeira à última palavra. Já adaptado ao cinema, penso que ainda não estreado em Portugal, é de certo modo, autobiográfico. O telegrafista, violinista e poeta Gabriel Elígio Garciá (pai do autor) apaixonou-se por Luiza Márquez, mas o romance enfrentou a oposição do pai da jovem, o coronel Nicolas, que tentou impedir o casamento, enviando a filha para o interior, numa viagem de um ano. Para manter o seu amor, Gabriel montou, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Luiza onde ela estivesse. Essa é a história real dos pais de Gabriel García Márquez e foi ponto de partida de “O amor nos tempos de cólera”, que acompanha a paixão do telegrafista, violinista e poeta Florentino Ariza por Fermina Daza.

6 comentários:

didium disse...

Quis dizer-te hoje, faltou a oportunidade, que fechei este livro e voltei a colocá-lo na prateleira. Ando a lê-lo há bastante tempo,mas não sinto a tal satisfação! Porquê? Não sei. Só sei dizer que isto acontece por vezes. Fui à prateleira e reiniciei a leitura do "Ensaio sobre a cegueira".A ver vamos!!!!

didium disse...

Também tenho de dizer que o meu livro favorito é "Cem anos de solidão", do mesmo autor.
E agora????

dinamene disse...

Porque gostamos de um livro?
Pela forma como está escrito?
Pela história?
Por aquilo que identificamos connosco?
Pelo que encontramos de novo?
Os livros têm a sua alma própria e quem os lê também põe neles um pouco de si, por isso nem todos gostamos dos mesmos livros(ou dos mesmos poemas, ou das mesmas pinturas, ou das mesmas músicas!).
Também acontece que hoje não gostamos de um livro e amanhã podemos “devorá-lo”!
O nosso estado de espírito e a nossa experiência contribuem para gostarmos mais desta ou daquela obra….
Claro que há livros que praticamente toda a gente gosta...
Será que têm neles algo mais “universal”?


Beijinhos para vocês

solange disse...

E agora, tens toda a razão!
Acontece! Depende, muitas vezes, do nosso estado de espírito no momento. Possivelmente não te deixaste envolver no mundo das personagens e “abandonaste-as” antes de as compreenderes.
Pessoalmente, acho-o especial. Aliás, posso “confidenciar-te” que, depois do período da minha vida em que precisei de ler muitos livros de auto-ajuda (de Jorge Bucay, de Louise Hay, de Donald Walsch,…), foi com este livro que me reconciliei com os romances. Percebi que ainda era capaz de me deliciar com livros que abordassem outros temas, outros lugares.
Gosto do exotismo dos locais, neste livro que fala também da vida daquela gente, do mundo em que se vivia, naquela época, na América do Sul. Vários capítulos remetem-nos para práticas e costumes locais, para um modo de vida diferente, enriquecedor, que me faz lembrar a nossa terra.
Este é, também, um livro sobre a vida. Escrito com profundidade, apaixonadamente, como poucos sabem fazer. Acredito que "Cem anos de solidão" é ainda mais magnífico!

solange disse...

Nota: Escrevi o meu comentário offline, sem ter lido o comentário da Dinamene. Concordo absolutamente!!!

didium disse...

Por isso o recoloquei na prateleira. Um dia destes serei capaz de lê-lo.