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segunda-feira, junho 08, 2009

o apocalipse dos trabalhadores

«As mulheres descritas por Valter Hugo Mãe são determinadas, lutadoras, tolerantes e corajosas, lançam-se à vida e rompem com o passado. Li maravilhado “O apocalipse dos trabalhadores” como o país da coragem, das vaidades e contradições, onde a Etelvina recebe hospitaleiramente, tal como nós, e não só, em Vila Flor. É um livro de gente crescida onde Glória, irmã de Quitéria, regressa à procura de uma segunda oportunidade. Claro que nem todos vão alcançar a felicidade, mas há quem se lance alegremente no abismo e quando aparece um rafeiro logo se põe o nome de Portugal. O livro de Valter Hugo Mãe deve encher-nos de orgulho, pela luminosidade, pelo fertilizante da escrita, pelas catapultas que lançam o mundo arcaico directamente no futuro. Para quem está céptico sobre a grandeza dos nossos vultos, ou acredite, mesmo piamente, que estamos acabrunhados e a caminho do eclipse, talvez se revele indispensável conhecer o que escreve Valter Hugo Mãe.»

Beja Santos

1 comentário:

solange disse...

Gosto das palavras de Beja Santos sobre esta obra diferente e fascinante do autor que escreve, sempre com minúsculas, sobre os sentimentos, formas de agir e de falar de gente normal que, normalmente, não é retratada. Comecei a ler, estranhando o que lia. A pouco e pouco o interesse foi crescendo. De certeza que vou ler mais livros deste autor.