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Assim,
na espera inquietante,
na espera inquietante,
frustrante,
de tudo, de nada,
do sonho, da evasão
na contida solidão,
na memória do riso,
das palavras, dos abraços,
do reajustar dos laços,
do continuar os traços,
juntos no mesmo desenho.
Eu e tu,
em espera
de um dia em tamanho
certo, adequado,
propício, enquadrado,
em espera, por ora,
agora,
a toda a hora,
ou talvez não,
com ou sem razão,
de coração!
de tudo, de nada,
do sonho, da evasão
na contida solidão,
na memória do riso,
das palavras, dos abraços,
do reajustar dos laços,
do continuar os traços,
juntos no mesmo desenho.
Eu e tu,
em espera
de um dia em tamanho
certo, adequado,
propício, enquadrado,
em espera, por ora,
agora,
a toda a hora,
ou talvez não,
com ou sem razão,
de coração!
maria eduarda
1 comentário:
Didium
Sabes, as expectativas deixam-me ansiosa, inquieta, insegura!
Li o teu lindo poema e, nesta loucura que têm sido estes dias de relatórios e mais relatórios, em papéis e em computador, o meu tempo não tem sido nenhum para poder vir deixar aqui um comentário.
Para ti, deixo este poema, de João Miguel Fernandes Jorge, in "Direito de Mentir"
Como Podemos Esperar
Como podemos esperar.
Aguardar o que nossas mãos possam reter.
Uma palavra. O olhar cúmplice. Se as coisas
têm já o estado do vento
o que nas ruas fica das vozes ao fim do dia.
Aguardar mais aguardar nada
quanto mais se repete uma palavra
«estou sentado virado para a parede desta casa»
baixo, mais baixo ainda,
«estou sentado virado para a parede desta casa».
Fazer que não haja sucedido o sucedido.
O prazer de sentir chegar as coisas
o riso sob a chuva
o frio que faz. Aqui
como podemos esperar uma noite de lua e vento?
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