a água, a jorros.
Suicida-se
ao bater no chão,
espalha-se, desintegra-se,
falta-lhe a união,
trazida inicialmente.
Mas, a outras águas
então se une,
imensas, belas,
espelhos do céu.
Em dias assim,
repletos de vida,
assim renascida.
E, no ar que respiramos,
que insuflamos,
obtemos o fôlego
para continuar,
para descortinar
a singela beleza
que se desintegra,
porque a sua função
é seguir
com aptidão e destreza,
em perfeita união,
fruto de uma primeira
desintegração.
maria eduarda
1 comentário:
Este poema é sublime…
Gosto Imenso!
A desintegração que leva a uma nova integração, perfeita união…
Que (digo eu) é cíclica, interminável….
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