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quinta-feira, julho 03, 2008

Coisas que se pensam quando qualquer outra coisa seria menos inútil

O texto é uma comida que se enrola debaixo da língua como uma carne rija, só que para além disso só o é assim se não nos matar como um veneno da família da cicuta, e penso isto porque às vezes ele também é um chá morno para uma dor que é mais um formigueiro, alojado algures no ser humano enquanto espécie. Um texto é isso, neste mundo de instantes.
Gabriela

2 comentários:

solange disse...

Gosto do que escreves e da forma como escreves. Tens uma forma muito especial de expores as tuas ideias, usando as palavras com muitos sentidos. Às vezes tenho de ler o que escreves duas e três vezes para te perceber, se é que chego a perceber na totalidade. Mas gosto destes exercícios de interpretação e de reflexão, ainda que com pouca disponibilidade para comentar. Acredita que, embora não comentando, leio, interpreto e gosto da forma. Das tuas palavras, das tuas frases, dos teus textos.
Para mim, os textos são comida deliciosa e doce, também chá morno que me apazigua a alma, sempre! Talvez porque eu procure os textos que quero ler, os livros que quero saborear.

G. Ludovice disse...

:) Obrigada Solange.
Falava dos textos na generalidade, não apenas daqueles, que não fazendo eu colecções de nada, se instalam sózinhos como legítimos na prateleira interior das coisas que nunca vão ser lixo nem estar a mais, embora porventura alguns desses não tenham necessariamente de ser saborosos ou de leve digestão.