Páginas

quinta-feira, abril 01, 2010

Analogias…

Alentejo vivo em mim…
Nesta imensa razão
Das raízes ressequidas
Das searas d’onde brota o pão.

Do pôr do sol há tanto perdido
Revejo-o, agora
Em teus campos de trigo.

Fugindo ao calor, um coqueiro
Aqui e agora
Na sombra do teu sobreiro.

Da ruidosa selva, gritando
Ouço, agora
Tuas pequenas aves, piando.

Das dunas de areia escaldantes
Sinto, agora
O calor das lareiras fumegantes.

Das gentes alegres, folias e risadas
Encontro, agora
Rostos tristes de gargantas abafadas.

Do merengue e batuque ritual
Aqui e agora
Lentos movimentos num som espiritual.



MARG
Almodôvar, Janeiro de 1996


6 comentários:

solange disse...

Poema de uma moçambicana /alentejana:))!
Tu conheces, Didium.
Bjo às duas <3.

maria eduarda disse...

Dá-me mais uma dica...Não estou a ver.

solange disse...

OhhHH!!! Estás a ver pois. Até a adicionaste no Facebook. É nossa colega, loira, gira, controversa, mas super fixe! Repara nas iniciais da sigla. Maria A.
Beijocas.

maria eduarda disse...

Recebi um pedido dela para a adicionar no Facebook. Não sabia que ela tinha vindo de Moçambique!
Eu ando cá e não ando....Eheheh
No post está assinado MARG, nunca chegaria até ela.
Beijos

maria eduarda disse...

E ela é bem-vinda!

dinamene disse...

Adorei o poema MARG(Mitó),
muito bonito!

Bjos