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A história do Hidroavião é uma crónica maior – por ser (também) para os mais pequenos, desconfio. É a síntese implacável da incapacidade humana em adaptar-se (conformar-se) a destinos afastados do coração, da trágica obsessão por nunca desistir, mesmo que tal signifique perder-se no azul, agarrado a um balão de sonho.
Lobo Antunes ajustou a sua sensibilidade às ventoinhas de um hidroavião imprevisível. Vitorino, o indomável cantautor, deu tons, linhas e cor à imprevisibilidade do aparelho. O hidroavião e a sua história são a prova irrefutável de que qualquer carcaça, desde que sonhadora, tem como génese um vírus de voo.
(texto de Sílvio Mendes, 2006)
1 comentário:
"Uma história de amizade passada em Lisboa. A saudade de África. A nostalgia da infância. O Tejo como ponte de memórias e como cenário de fundo. Um texto de António Lobo Antunes ilustrado por aguarelas do músico e compositor Vitorino, propositadamente recriadas para esta edição da Dom Quixote. Para ser lido e admirado por jovens e adultos."
(na contracapa)
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