Das estrelas adquiro a luz,
que me conduz à tranquilidade;
Das trevas, o silêncio,
onde aguardo com serenidade;
Da lua, agarro a paz, a cor branca,
e coloco-a no estar, no ser franca;
Do sol abrasador, o calor,
que reflicto no amor;
Da chuva, recolho a pureza,
a limpidez,utilizada na sensatez.
Mas, do céu límpido,deixo ficar o azul,
que é o eterno olhar
daquela que em mim,
tem sempre um lugar
impossível de selar.
(23 de Fevereiro de 1931)
maria eduarda
5 comentários:
A tua mãe faria hoje anos???!!!
Que bonito poema, lindo, lindo, lindo!!! Dir-te-ei que é dos mais lindos que escreveste! Estou encantada, a sério. O envolvimento da natureza com os teus sentimentos mais puros. Este poema é uma pequena maravilha da nossa literatura. Verdade, Maria Eduarda! E a tua mãe, tão doce,tão bonita, com o olhar azul do céu, igual ao teu! Comoveu-me tanto ler-te, que fiquei arrepiada, comovida. E nestes momentos, palavras para quê?!
Um abraço do tamanho do mundo <3
Faria hoje 78 anos.
Um abraço.
Sempre q leio algo teu em relação à tua mãe, lembro-me que não dou o valor que a minha merece e isso assusta-me abismalmente.
Gabi,
Pensarás tu que não dás o real valor, e na certa, dá-lo.
Mas, mesmo assim, reforça-o, porque realmente o real valor, só o damos depois da despedida!
Gabi, o blog que criaste para as pinturas da tua mãe é uma prova do quanto a amas. Até o nome que deste ao blog é de uma ternura incrível!!! Por isso, menina, não subestimes aquilo que realmente sentes. Sei que a tua mãe é também uma mãe especial!!! É tão bom termos a nossa mãe.
E a Didium tem o dom de manter a dela tão presente!
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