Emoldurei-te ali,
naquela prateleira,
por onde passo
e me detenho,
em mim prazenteira.
Assim, posso ver-te,
apreciar o teu sorriso,
que permanece
na passagem deste piso.
Estás ao alcance
de um olhar,
de um acenar.
Pena,
não poder dialogar.
Terias que deixar a moldura,
passar por mim, de mansinho,
sem sofreguidão
e, como se nada fosse,
perguntar baixinho:
"-Que dia é hoje? Que horas são?"
maria eduarda
1 comentário:
Que dia é hoje e que horas são...
e nós, que dia foi o que ainda eu não existia..
Acabaram-se todas as perguntas, com esperança de voz.
Compreende-se então o que deveras é o silêncio.
bj
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