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sábado, fevereiro 14, 2009

Identidade

Não sei mover-me assim,
no intervalo dos sorrisos,
que no instante são precisos
para se mostrarem a mim.

Não sei estar assim,
ouvindo o desassossego
e o desalento afim,
a colidir no meu sossego.

Não sei mostrar-me outra
que não eu, assim, natural,
meu semblante, minha montra,
fiel ao meu sentir real.

Não sei, não quero
alimentar a fogueira,
esperar o fogo fero,
e aguardar a braseira.

Sou eu, desta maneira,
com defeitos, qualidades,
transparente em sobranceira,
leal às minhas vaidades.

maria eduarda

1 comentário:

solange disse...

Como eu te percebo, ma chérie!!