Indubitavelmente,
sou mais um ponto neste tecido,
urdido paciente e vagarosamente
por quem se insinua, e me conduz
no fio da trama, que seduz.
Neste complexo ladrilho,
o tapete ganha forma, brilho.
Eventualmente,
a tecedeira ignorou certos momentos,
e, batoteira, teceu outros pontos, eventos,
numa errada carreira.
Possivelmente,
serei eu o farol que ilumina
a textura que se elimina,
o ajuste dos elementos.
Naturalmente,
o reparo consertado
afigura-se num ângulo determinado,
real desenho adaptado
à vivência das figuras
que preenchem a tapeçaria,
sem as quais eu não viveria.
maria eduarda
sou mais um ponto neste tecido,
urdido paciente e vagarosamente
por quem se insinua, e me conduz
no fio da trama, que seduz.
Neste complexo ladrilho,
o tapete ganha forma, brilho.
Eventualmente,
a tecedeira ignorou certos momentos,
e, batoteira, teceu outros pontos, eventos,
numa errada carreira.
Possivelmente,
serei eu o farol que ilumina
a textura que se elimina,
o ajuste dos elementos.
Naturalmente,
o reparo consertado
afigura-se num ângulo determinado,
real desenho adaptado
à vivência das figuras
que preenchem a tapeçaria,
sem as quais eu não viveria.
maria eduarda
7 comentários:
Deixo o que sinto...
Cheira me a solidão.Um cheiro forte, entranhado na pele que por muito que se esfregue com água não desaparece.Está la.Nausea.
Não adiantam os banhos, concluo, então o melhor é pensar numa solução...ou não.(e o cheiro não passa.)Deste cheiro, primeiro estranha-se depois entranha-se, não se passa a gostar apenas a saber viver com ele.
Saber viver...Saber viver tem muito, ou se calhar nada, que se diga.Viver ou será sobreviver??!!Eu sobrevivo.Sobreviver é duro, muito duro.E valerá a pena?Não sei responder.A minha resposta seria tipo tosta mista, sim e não, sem certezas.
Talvez porque certezas tenha poucas ou mesmo nenhumas.As desilusões fizeram me acreditar menos.
Mas aqui estou eu no jogo do empurra da vida.Sim, tenho a sensação que é esse jogo que se joga.Como se estivesse a andar rua fora e consciente ou inconscientemente me empurrassem para não prosseguir o meu caminho e eu própria fizesse o mesmo para chegar ao destino.E o caminho e o destino traduzem se apenas no final de mais um dia. Mas de tanto jogar ou viver, como lhe queiram chamar, o cansaço pesa me e mal consigo andar.E amanha começa outro dia.viver cansa...
um bjo
É preciso ser capaz de viver cada dia,mesmo com cansaço acumulado, e conseguir sorrir, sempre!
Um bjo
Ler é viver!!!
E viver é ler e muito mais! Sobreviver é que não. Ignora essa palavra e encontra, nas coisinhas belas e simples que te rodeiam, a alegria de viver cada momento.
É verdade que, às vezes, tantas vezes, é muito difícil viver, mas estamos cá e devemos usufruir desta oportunidade, provavelmente porque não é por acaso que cá andamos.
Hoje ou amanhã, vais perceber que há uma razão para estares cá.
Citando Louise Hay "A felicidade permanente não se encontra na vida. Mas, na vida, encontram-se estados de felicidade momentâneos."
E a propósito, já leste algum livro desta autora??? Vale a pena. Vais ver que sentir-te-ás diferente, bem contigo e com os outros.
Tens só 34 anos??? Ainda vais ter tantas oportunidades de ser feliz. "Agarra" a vida, porque ela está a contar contigo.
E, já agora, vive cada momento, com a vela bem acesa!
Olá Didium
Gosto da tapeçaria! É linda. É normal que os "pontos" não estejam todos certos. Na imperfeição não haverá também perfeição? As tais linhas tortas com que, por vezes, se escreve a direito!
Gosto do "desenho adaptado
à vivência das figuras
que preenchem a tapeçaria,
sem as quais eu não viveria."
Eu entendo e acho que estas linhas são uma preciosidade.
Eduarda,
Também gostei da tapeçaria...
Cada vez gosto mais dos teus poemas, os teus lados criativos, metafóricos e poéticos estão em "Grande"!
Dinamene,
Um grande abraço!
:D
Gostei. E não desfazendo e sem desprimor para ninguém,do Nome Dinamene também, coincidência do nome da minha gata:)
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