horas lânguidas insistem em ficar.
Dentro de mim, a manhã existe,
e a noite é luz a pairar.
Culpar a noite, é abdicar,
do fulgor, do mistério, que resiste.
Mistério que nos move, nos anima.
Luzes, reflexos, tonalidades,
movimento que enebria e entontece,
nos faz suspirar, e, lá em cima,
estrelas cintilam, em vaidades.
Renegar é luto que nos acontece.
E assim, a noite em mim,
me alimenta, me revigora, e renasce
o fulgor, a vontade de ofuscar!
Então, retiro de dentro, o querubim,
comigo habitado, e outro ser faz-se,
na loucura, à noite, ao luar.
maria eduarda
1 comentário:
Que bonito!!!
E como eu gosto de poesia, palavras mágicas que saem naturais da alma de pessoas especiais como tu. Gosto da cadência, do evoluir dos sentimentos, da manhã, da tarde, da noite que fazem parte do nosso dia, cada momento para ser vivido com "fulgor", aceitando, plenamente, cada dia!
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