O fotógrafo Nuno Lobito deu cursos de fotografia numa prisão em Colômbia.
No seu livro “Os sons do silêncio” relata:
«O meu objectivo era ensiná-los a respeitarem-se a eles próprios e aos outros. A sentirem-se novamente homens, de forma a facilitar a não-violência na sociedade civil e a sua integração na sociedade e no mercado de trabalho.
“Intimidades” foi o tema escolhido para o primeiro curso. Nos meus cursos escolho sempre um tema adequado ao interesse geral dos alunos. Seria a maneira mais fácil para entrarem a fundo dentro dos seus próprios problemas e este método quase sempre resulta.
A fotografia é a base, o ponto de partida. Depois, os alunos entram numa fase de interiorização pessoal que os faz irem além de si próprios. Dependendo de cada grupo, os resultados são extraordinários porque os presos tinham a possibilidade de utilizar a sua criatividade e de se dedicar a uma nova aprendizagem.
Para o bom funcionamento do curso, uma das regras essenciais, definida logo no início, foi a de respeitar os horários das aulas. Era preciso criar alguma disciplina, mas perante um grupo conflituoso como aquele, qualquer tentativa de impor à força seria desajustada. Não gosto de métodos impostos à força, só podem provocar o efeito contrário. Sendo assim, optei por criar incentivo.
As aulas começavam às nove horas e quem chegasse um pouco mais cedo tinha direito a fumar um cigarro. Todos gostavam de fumar o seu cigarro, e o tabaco não era coisa que circulasse em abundância na prisão. Estes cigarros matinais, dados a título de bónus, era eu quem os comprava. Comprava um maço e distribuía. Resultou em cheio. Antes da hora lá estavam quase todos, depois de fumar o seu cigarro, prontos para a aprendizagem.
Texto e foto de Nuno Lobito
No seu livro “Os sons do silêncio” relata:
«O meu objectivo era ensiná-los a respeitarem-se a eles próprios e aos outros. A sentirem-se novamente homens, de forma a facilitar a não-violência na sociedade civil e a sua integração na sociedade e no mercado de trabalho.
“Intimidades” foi o tema escolhido para o primeiro curso. Nos meus cursos escolho sempre um tema adequado ao interesse geral dos alunos. Seria a maneira mais fácil para entrarem a fundo dentro dos seus próprios problemas e este método quase sempre resulta.
A fotografia é a base, o ponto de partida. Depois, os alunos entram numa fase de interiorização pessoal que os faz irem além de si próprios. Dependendo de cada grupo, os resultados são extraordinários porque os presos tinham a possibilidade de utilizar a sua criatividade e de se dedicar a uma nova aprendizagem.
Para o bom funcionamento do curso, uma das regras essenciais, definida logo no início, foi a de respeitar os horários das aulas. Era preciso criar alguma disciplina, mas perante um grupo conflituoso como aquele, qualquer tentativa de impor à força seria desajustada. Não gosto de métodos impostos à força, só podem provocar o efeito contrário. Sendo assim, optei por criar incentivo.
As aulas começavam às nove horas e quem chegasse um pouco mais cedo tinha direito a fumar um cigarro. Todos gostavam de fumar o seu cigarro, e o tabaco não era coisa que circulasse em abundância na prisão. Estes cigarros matinais, dados a título de bónus, era eu quem os comprava. Comprava um maço e distribuía. Resultou em cheio. Antes da hora lá estavam quase todos, depois de fumar o seu cigarro, prontos para a aprendizagem.
Texto e foto de Nuno Lobito
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