Ângelo Ochôa dedicou-me este "poeminha", como ele diz,Melrinho fiel,
que cedo me visitas,
saltitando esvoaçante,
a cantarolar
cantitos puros absolutos,
sílabas dum chão empedrado e turvo,
na antemanhã liberta das rosas;
vou para filmar, e idealizo uns planos picados
para acompanhar-te a divagação magnífica,
enquanto me deixas
por erva húmida,
antes dum sol desconhecido.
Ângelo Ochôa
6 comentários:
Gracias, Eduarda!
Cá por mim desafio seus e suas bloggers a que me respondam à pergunta que quase «matou» o idealista Hegel:
Qual é mais belo, o belo natural, ou o belo artístico?
Ou seja a foto -- para mim lindíssima -- do melro de bico doirado -- ou o meu pobre poeminha?
Por mim respondo que é a foto, e mais lindo do que a foto, o verdadeiro melrinho ao natural.
A «eruditos» lembro que Juan Ramón Jimenez, o Nobel de Moguer e de Platero y Yo, tem também um lindo e puro poema a que chamou O Melro Fiel...
Que boniiiiiiiiiiiito.
O melro que deu origem ao poema, e o poema pela sua simplicicidade singela.
Beijinhos aos dois.
São belos os dois: o melro e o seu poeminha, porque ambos são belos naturais.
...Este Ochoa, prof de Filosofia, anda a perder qualidades, desde que reformado vai quase para 3 aninhos... Deixe-me explicar melhor Maria Eduarda:
A foto e o poema são «belo artístico» porque produtos do homem.
o melro real da natureza ou melhor da fauna são «belo natural» porque, como cremos, obra de Deus.
Para os realistas e tomistas incluídos o belo natural é superior ao belo artístico que só o «imita» (mimésis aristotélica).
Para os idealistas (Hegel incluído) o belo artístico é superior porque acrescenta «esírito» à criação de Deus.
Feita assim a explicação à pergunta, a resposta não pode ser são ambos naturais como diz Eduardinha ou Dudu, uma vez que uma coisa é o homem artista outra coisa é Deus criador.
Impropriamente se diz autor e criador de obra de arte.
Entendido duduzinha?
E veja agora se me responde à questão que para mim, admirador da plenitude da natureza, quase não se me coloca -- o que não significa menor respeito pela «opinião» de cada um(a)...
Percebidíssimo, prof. de Filosofia.
Pergunta de difícil resposta... e se eu lhe disser que tenho dias?
Kakakakaka
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