Antigamente todos os contos para crianças terminavam com a mesma frase, foram felizes para sempre, isto depois de o Príncipe casar com a Princesa e de terem muitos filhos.
Na vida, é claro, nenhum enredo remata assim. As Princesas casam com os guarda-costas, casam com os trapezistas, a vida continua, e os dois são infelizes até que se separam. Anos mais tarde, como todos nós, morrem.
Só somos felizes, verdadeiramente felizes, quando é para sempre, mas só as crianças habitam esse tempo no qual todas as coisas duram para sempre.
José Eduardo Agualusa, in 'O Vendedor de Passados'
3 comentários:
Um abraço desta equipa Ademar!
O instante é a nossa pátria!!Talvez a eternidade seja uma espiral dentro do instante.
Talvez a eternidade seja viver na nossa pátria...
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