Worship Ceremony at ...
Keren Su
Perguntaste-me, um dia, por que vogava, assim,
Tão à deriva, tão perdida de quem eu sou...
Por que desconhecia os perigos do caminho onde estou,
Por que me deixava cair, se estava perto do fim...
E eu respondi:"Se eu fosse um rio, calmamente
Avançando pelo leito que me foi preparado,
Lamentando, apenas a foz distante e o mar salgado
O marulhar selvagem e a maré impertinente.
Seria aquilo que esperam de mim, protegida
Pelas margens que me acompanham na descida,
Pelo correr inexorável das águas em meu redor...
Mas eu sou uma cascata lançada ao acaso pelo ar,
Tornada etérea pela força que me impele a saltar
Para o abismo, sem saber se encontrarei luz ou dor."
Sofia Pedro
Keren Su
Perguntaste-me, um dia, por que vogava, assim,
Tão à deriva, tão perdida de quem eu sou...
Por que desconhecia os perigos do caminho onde estou,
Por que me deixava cair, se estava perto do fim...
E eu respondi:"Se eu fosse um rio, calmamente
Avançando pelo leito que me foi preparado,
Lamentando, apenas a foz distante e o mar salgado
O marulhar selvagem e a maré impertinente.
Seria aquilo que esperam de mim, protegida
Pelas margens que me acompanham na descida,
Pelo correr inexorável das águas em meu redor...
Mas eu sou uma cascata lançada ao acaso pelo ar,
Tornada etérea pela força que me impele a saltar
Para o abismo, sem saber se encontrarei luz ou dor."
Sofia Pedro
7 comentários:
Descobri no jornal da escola, dois sonetos belos, da nossa colega Sofia Pedro. Pedi-lhe permissão para os colocar aqui no bloguito (o segundo porei mais tarde), ela aceitou.
Em conversa com a Solange decidimos convidá-la par colaborar connosco, nestas escritas sentidas.
Vamos aguardar o veredicto! ;)
Não sei onde nem donde mas já ouvi algures canção com essa letra: «Se eu fosse um rio...»
O que nadinha tira à beleza do soneto da Sofia Pedro, verdadeira poeta, cá pra mim.
Beijinhos.
com certeza iria deguar no mar!
Beijinhos Ângelo.
Obrigada pela visista Priscila.
Belo poema, gostei...
Todas as palavras já foram ditas, muitas frases reescritas e o poema é sempre a repetição de algo, dito com novo sentir, ou com nova conjunção de nomes, pronomes, advérbios, verbos, adjectivos,...
Não?!
like it, Sofia.
se fosse um rio queria levar em mim os mortos p a eternidade da vida, lá do outro lado ou para onde quer que tivesse de fluir.. e queria também afagar os olhares perdidos, os sonhos sem chão e as mãos que experimentam a liquidez como se fosse uma magia.
Obrigada pelas vossas palavras. É um poema de que gosto bastante porque me faz sentir livre. Obrigada a quem me deu a oportunidade de o dar a conhecer e a muitos outros.
Bjs
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