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segunda-feira, outubro 27, 2008

Não acendas a luz

Não acendas a luz!
Deixa-me estar na penumbra,
no tempo que se anuncia
quieto, vagaroso, cauteloso.

Faz o movimento que seduz,
entra silencioso e relembra,
que a altura não se renuncia,
age, não se torne o gesto moroso.

Acende a luz, agora!
É tempo de me erguer,
de te escutar, de me ouvir,
de sair deste recanto.

Já chegaste, vens na hora,
no momento de te ver!
Estou aqui, não vou sucumbir,
Tira-me deste quebranto!

maria eduarda

1 comentário:

solange disse...

Que lindos poemas tu escreves!!!
Tenho lido todos, até porque gosto muito de poesia, essa forma mágica de dizer as coisas!!!
Sente-se a tua alma, a tua força interior, e partilho contigo essa vontade de sorrir, de não sucumbir.
A poesia provoca em mim grandes emoções, é também um alimento para a minha alma. Sim, a tal alma que, sendo individual, está em uníssono com a natureza, com o universo.
É bom sentir a beleza de cada palavra e poder partilhar as sensações.