É em surdina, nos acordares, visitado por duas moles colinas mesmo abaixo do já sem verde dos olhos, a ocuparem-lhe artisticamente o descomeço.
Antes do chapéu da sexta noite assentar, descruza miudamente os pensamentos, de modo a que a vontade do passeio não fique a atravessar-lhe a garganta em modo parado. Desliza pelo antigo pescoço os grossos dedos da mão descasada com a doença, arruma o seu volumoso caroço de Adão mais para cima, experimenta apagar a rouquidão já mecânica com murros curtos no peito e lança-se no ímpeto dessa utilidade, a sedução.
Há muitas estatuetas de esquina que quebram as ancas e o sedimento da resignação da idade, di-lo a sua mão escapulida à imobilidade ainda com desejos de pássaro - toda a superfície macia de uma mulher é de se voar. Nem todos podem fazer descaso disso. É uma bênção inscrita no jeito duvidoso do homem, umas vezes parece que não sabe outra coisa mas alheio ao acto, estorva-lhe esse chilreio de mundos, parece que sobram do silêncio, as mulheres. O homem nesse arrogante descontacto, decora-se de outra ambição. A de ser o invasor dos espaços com seu arco macho, essa voz grave que emudece os olhos das casas e estremece de escuro as almas femininas que lá suportam o tecto.
Antes do chapéu da sexta noite assentar, descruza miudamente os pensamentos, de modo a que a vontade do passeio não fique a atravessar-lhe a garganta em modo parado. Desliza pelo antigo pescoço os grossos dedos da mão descasada com a doença, arruma o seu volumoso caroço de Adão mais para cima, experimenta apagar a rouquidão já mecânica com murros curtos no peito e lança-se no ímpeto dessa utilidade, a sedução.
Há muitas estatuetas de esquina que quebram as ancas e o sedimento da resignação da idade, di-lo a sua mão escapulida à imobilidade ainda com desejos de pássaro - toda a superfície macia de uma mulher é de se voar. Nem todos podem fazer descaso disso. É uma bênção inscrita no jeito duvidoso do homem, umas vezes parece que não sabe outra coisa mas alheio ao acto, estorva-lhe esse chilreio de mundos, parece que sobram do silêncio, as mulheres. O homem nesse arrogante descontacto, decora-se de outra ambição. A de ser o invasor dos espaços com seu arco macho, essa voz grave que emudece os olhos das casas e estremece de escuro as almas femininas que lá suportam o tecto.
Mas nem sempre o abraço do homem é vento a deformar a feitura composta de um rosto, há também a mansidão na mesma morada. É só saber o momento dessa estadia.
Sabem-no as mulheres que o servem, dorsos riscados pelas palmas alheias, que no corpo, a verdade existe em profundeza de temido rio.
Muito homem para também escancarar as pernas do riso, em velho tronco, ajeita-se de ossos parados, aterrados sem hélice sobre o compacto pavimento do macio ventre, sem escolha de não ser voado. Os céus vão e voltam sob azuis maiores.
Recompõe-se apressado na cor da sua adultez, agarrado a nada, antes das duas moles colinas desaguarem para o mistério.
A terra também há-de sorvê-lo em desejo tamanho de verme másculo, matuta devagarzinho o rio.
(2006)
Sabem-no as mulheres que o servem, dorsos riscados pelas palmas alheias, que no corpo, a verdade existe em profundeza de temido rio.
Muito homem para também escancarar as pernas do riso, em velho tronco, ajeita-se de ossos parados, aterrados sem hélice sobre o compacto pavimento do macio ventre, sem escolha de não ser voado. Os céus vão e voltam sob azuis maiores.
Recompõe-se apressado na cor da sua adultez, agarrado a nada, antes das duas moles colinas desaguarem para o mistério.
A terra também há-de sorvê-lo em desejo tamanho de verme másculo, matuta devagarzinho o rio.
(2006)
Sem comentários:
Enviar um comentário