foto:G.Ludovice
Há sítios de onde temos de ser arrancados, para deles sermos distância.
Disso se encarregam as pequenas circunstâncias, cujo efeito é comparável à leve mudança de agulha no carril do eléctrico que lá vem ou aos estranhos tratados históricos que nos traçam direcções sob os pés, como se o chão fosse subitamente móvel e nunca escutasse as nossas vontades mais certas. Nesse tabuleiro, somos jogados em jacto de dentro de nós para as ruas que sendo veias dos lugares, nos mancham de si ou com aparente mais sorte para dentro de casas, que se parecem a estômagos em constante digestão, enquanto escorre às carradas como chuva o tempo e morremos, como se isso fosse um regresso e não outra vez uma nova coisa apontada que nos espera e mais nos afasta.
Há sítios que como pessoas tão só são princípios.
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