Vésperas de Natal
Vou contar-vos um acontecimento real,
Nestes dias que antecedem o Natal…
Ontem mesmo fiz as últimas compras e tal
Num mini-mercado banal.
E vi não um, nem quatro polícias, mas um número surreal
Uma mão cheia, ou mais, desse pessoal
Fardardo e armado
A levar um pobre homem coitado
Que, no mínimo, esfomeado
Resolveu levar salsichas sem pagar
E não estou a brincar,
Nem a ironizar
Parecia de um país de leste,
Foi levado como peste,
Como se a fome fosse um crime afinal,
Em vésperas de Natal.
E não sei se por zelo excessivo,
Ou por ócio da profissão,
Ou só por vontade de lhe tirar as salsichas da mão,
Não sei se por xenofobismo expressivo,
A verdade é que parecia que o desgraçado
Tinha levado o mini-mercado!
Dinamene
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