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quarta-feira, dezembro 03, 2008

Trapaceira

Na praceta da aldeia,
um banco de cada cor,
e em cada cor, a estreia,
de um velho, sem ardor.

Haja ou não luz solar,
lentamente, sem favor,
leva-o intenção de falar,
acto que o imbui de calor.

Está à espera da vida,
que esta o surpreenda.
Hoje, a mesma, atrevida,
quis deixar uma oferenda.

Passou, e olhou de soslaio,
troçando dele, zombeteira,
levou-o consigo, num ensaio.
Iludiu-o, a matreira!

maria eduarda

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