Dance of Joy I
Monica Stewart
Preciso de um sótão
dentro de mim,
a habitação, o meu corpo.
De longe a longe,
subiria as escadas
do meu tronco,
e espreitaria os baús,
enumerados e alinhados:
o da infância; o da adolescência;
o da mulher jovem,
e o da mulher que sou hoje.
Não os abriria,
olhá-los-ia somente,
porque encerradas estarão
as mágoas antigas e recentes.
Tirei-as da memória
e depositei-as em caixas
que as asfixiam
e assim,
Monica Stewart
Preciso de um sótão
dentro de mim,
a habitação, o meu corpo.
De longe a longe,
subiria as escadas
do meu tronco,
e espreitaria os baús,
enumerados e alinhados:
o da infância; o da adolescência;
o da mulher jovem,
e o da mulher que sou hoje.
Não os abriria,
olhá-los-ia somente,
porque encerradas estarão
as mágoas antigas e recentes.
Tirei-as da memória
e depositei-as em caixas
que as asfixiam
e assim,
talvez não me perturbem,
e deixem que eu viva,
por cima
das minhas cicatrizes,
das dores já vividas,
e saboreie em fragor,
momentos únicos
que me embalam,
me consolam,
e me trazem a vida
com sabor!
maria eduarda
e deixem que eu viva,
por cima
das minhas cicatrizes,
das dores já vividas,
e saboreie em fragor,
momentos únicos
que me embalam,
me consolam,
e me trazem a vida
com sabor!
maria eduarda
2 comentários:
Dudú linda.
Gosto do poema, no entanto, Miga, temos que enfrentar tudo, por muito que nos doa...no fim vem o alívio. Vai por mim que sei do que falo.
Beijocas e gosto do RENASCER.
Beijocas para ti!
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