Viajo,
sem bagagem,
só eu.
Entram-me
nos olhos,
imagens,
daqui e dali.
E continuo,
sem paragens.
No cansaço
da travessia,
acordo do sonho,
e daqui e dali,
imagens reais,
palpáveis,
relembram-me o sonho,
no sono.
Sem bagagem,
sem bilhete,
só eu.
maria eduarda
daqui Ouço os passos da noite
pesados de escuridão,
na letargia do sono.
Imóvel,
sustenho a luz
que me invade
e me liberta
para a vida.
maria eduarda
Não sei rir,
sem motivo.
Não sei partir,
estando inteira.
Não sei sofrer,
em metades.
Em tudo o que faço,
em tudo o que sinto,
sou toda,
plena de vontades.
maria eduarda